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Emilie Snethlage: a 1ª mulher a dirigir uma instituição científica brasileira

Você sabia que a primeira mulher a dirigir uma instituição científica brasileira era alemã? A ornitóloga Emilie Snethlage foi a primeira a investigar a hipótese de uma conexão entre os rios Tapajós e Xingu, na Amazônia. No início do século XX, ela fez uma expedição de 4 meses na região do Xingu, com a ajuda de sete indígenas dos povos Xipaya e Kuruaya.


Durante o percurso, eles passaram fome, e Snethlage teve malária, mas o grupo conseguiu alcançar os Tapajós e descobriu que de fato não existia uma ligação entre os 2 rios que pudesse facilitar o povoamento e a exploração econômica da região.


Além de contribuir para a cartografia da Amazônia, a expedição de Snethlage também resultou em um vocabulário comparativo dos Xipaya e Kuruaya.


Quem era Emília Snethlage?


Henriette Mathilde Maria Elisabeth Emilie Snethlage nasceu em 1868 na Alemanha e, em 1904, fez doutorado em História Natural na Universidade de Freiburg. Em 1905, ela viajou para o Brasil e assumiu o cargo de ornitóloga do Museu Paraense Emílio Goeldi, no Pará.


Nove anos depois, em 1914, Emilie se tornou diretora do Museu e a 1ª mulher a dirigir uma instituição científica em toda a América do Sul!


Seu trabalho de classificação de espécimes coletados em diversas regiões do Brasil foi uma referência no Brasil durante 70 anos, inclusive um Catálogo de Aves Amazônicas, que descrevia 1.117 espécies da região.







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